Linguagem!

A LINGUAGEM ESCRITA: ENTENDIMENTO DO TEXTO

Três definições cabem aqui, a título de esclarecimento inicial:

Língua Sistema de signos vocais, eventualmente gráficos (escritos), próprio de uma comunidade de indivíduos, que o utilizam como instrumento de comunicação.

Linguagem Todo sistema de signos usado para a comunicação (letras, palavras, desenhos, símbolos etc.). A linguagem representa o pensamento e funciona como instrumento mediador das relações sociais. Há vários modos e meios de relações sociais, assim como há vários modos de viver e de externar, portanto, uma determinada cultura. Ora, as variações socioculturais contribuem para as diversificações da linguagem; só não são mais graves as dificuldades dessa diversificação porque há um esforço social para a configuração de uma linguagem comum básica, controlada por normas lingüísticas.

E a linguagem Técnica? Está bem próxima da linguagem padrão normal, com um esforço voltado para a racionalidade, a clareza e a objetividade. Tem sua linguagem específica, seus termos próprios e técnicos, seu modo de apresentação com "marcas" facilmente identificáveis.

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Cabe ainda lembrar os TIPOS DE LINGUAGEM verbal mais comuns:

a) Culta - permite a identificação de um padrão comum unificador a todos os falantes da mesma língua. A linguagem culta deve ser usada "em situações formais que requerem um maior cuidado com o uso da língua, como uma entrevista de emprego, uma apresentação de trabalho acadêmico, [...] a elaboração de uma peça processual" (ANDRADE; GABRIEL, 2005, p. 14)[1]. Assim, a correção gramatical deve ser observada aí. A linguagem culta não é necessariamente preciosista, antipática ou enfeitada demais (com termos eruditos ou em desuso); deve ser clara e objetiva, observando as normas.

Tem gente que vai na igreja por obrigação. (forma não-culta)

Há gente que vai à igreja por obrigação. (forma culta)

b) Coloquial - usada no dia a dia, em "[...] situações informais, em que os usuários da língua estão à vontade, sem se preocupar com o rigor gramatical. [...] A preocupação, neste caso, é muito mais com o conteúdo do que com a forma" (A&G, 2005, p. 14).

Foi eu e meus amigos no baile de formatura de... (forma coloquial) Fomos meus amigos e eu ao baile de formatura... (forma culta)

─ Me dá licença! (coloquial)

─ Dê-me licença! (culta)

c) Regional - falada segundo cada região do país, com diferenças marcantes quanto ao significado de certas palavras e expressões. Não pode ser inserida nos conceitos de certo e errado; tem validade mais garantida dentro da região em que se originou, mas deve ser respeitada como variante legítima de uma língua. Algumas regiões apresentam maior número de variações que outras, porém isso é meramente resultado das complexas formações populacionais e culturais. Seu uso em situações formais, entretanto, não é recomendável. Vejamos:

Iah!     Ua!i     Bah!     Tchê!     Vixe!

Têm a mesma legitimidade:

A bola pocou. O policial pocou a cara do bandido. Poquei o dedo na pedra.

d) Grupal - reservada a meios técnicos, profissionais, ou a "[...] determinados grupos sociais para estabelecer diferença em relação a outras pessoas, neste caso, é chamada [também] de gíria" (A&G, 2005, p. 15).

Data vênia, doutor, prefiro a versão da peça vestibular.

─ Fala aí, brother! / O zagueiro pôs a bola onde dorme a coruja!

A logística também depende diretamente de boa análise de swot.

e) Literária - procura chamar a atenção para vários aspectos da língua (e não apenas para o assunto), como a sonoridade, as várias significações dos termos e do jogo de idéias. O autor não quer simplesmente informar, mas insinuar, sugerir, provocar efeitos. É pouco objetiva, pois prioriza a emoção, a subjetividade, a expressão lírica, a arte. Observe alguns trechos:

A mão da noite embrulha os horizontes. Todos os guarda-chuvas do mundo estão abertos e a gente respira o escuro como se trouxesse a morte das coisas para dentro. (Nélio Cruz)

A minha alma está armada / e apontada para a cara do sossego. (O Rappa)

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LINGUAGEM ESCRITA

Desde já é preciso destacar que tão errado quanto falar como se escreve é escrever como se fala. Escrever e falar são dois códigos totalmente diferentes. Como ponderam Valdeciliana Andrade e Valéria Gabriel, "A linguagem escrita não é tão espontânea quanto a falada. Diante do papel, que tem um caráter perene [duradouro], o emissor de uma mensagem sempre pensa duas vezes antes de escrever, principalmente porque não possui outros recursos da expressão oral" (A&G, 2005, p. 16).

Veja algumas comparações importantes entre os dois meios nos quadros da página seguinte:

F A L A

• O falante e o ouvinte estão geralmente próximos, o que apóia a comunicação e possibilita a ambos escolher sobre o que dizer e como dizer;

• utilizam-se aqui também a linguagem do corpo (gestos, expressões) e o tom de voz como pistas de intenção;

• quem fala procura manter o controle da situação ou ganhar tempo, usando apoios do tipo Ééé... Hum... entendeu?...

• aparecem falas truncadas, bruscamente interrompidas; o falante passa de um assunto a outro por livre associação de idéias.

E S C R I T A

• O "falante" (autor) e o "ouvinte" (leitor) estão distantes;

• substitui-se a linguagem do corpo por estratégias da língua escrita (pontuação, as palavras e o modo de citá-las);

• não há possibilidade imediata de verificar se o leitor está entendendo como se espera; o texto pode deixar pistas de interpretação, mas sem controle total sobre isso;

• as frases precisam ser calculadamente distribuídas, e as interrupções nem sempre são possíveis; as idéias devem estar encadeadas em sentido crescente e cumulativo.

Cabe ao aluno, ao profissional, enfim, adequar sua linguagem e o meio de expressão diante das situações em que se encontra. A linguagem escrita, por ser utilizada em menor escala no dia a dia por uma pessoa (salvo exceções, a gente fala muito mais do que escreve), deve ser realizada com mais atenção e propriedade.

ENTENDIMENTO E PERCEPÇÃO DA MENSAGEM TEXTUAL

Tome-se leitura como o entendimento crescente e cumulativo de um texto, o que significa levar em conta desde suas menores estruturas (palavras, acentuação, pontuação) até mecanismos medianos (expressões, frases, parágrafos) e o texto-final. Devem ser observadas ainda a intenção da mensagem escrita e a situação (o contexto) na qual está inserida; tudo isso influencia e atua no seu significado.

Às vezes, o entendimento de uma palavra ou de uma frase pode ser fundamental para a apreensão do significado de um texto sem equívocos. Por isso, em todo momento, recorreremos ao entendimento do código textual em relação a sua forma padrão de escrita (forma que pode ser etimologicamente compreendida ou que, não raro, ser produto de arbitrariedade lingüística). Mesmo que várias de suas normas possam ser analisadas mecanicamente, de modo isolado, o estudo prático do português no terceiro grau pretende mais a viabilização do ato comunicativo eficaz do que o panorama analítico de toda a gramática.

ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

- Codificar: transformar, num código conhecido, a intenção da comunicação ou elaborar um sistema de signos;

- Descodificar: decifrar a mensagem, operação que depende do repertório (conjunto estruturado de informação) de cada pessoa;

- Feedback: corresponde à informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se a sua mensagem foi captada pelo receptor.

ABAIXO, um vídeo para você sobre Linguagem! Vale a pena assistir, ok! A produção é excelente!

Aqui está o Vídeo 01! Depois, abaixo, você pode ver o Vídeo 02!

LINGUAGEM VERBAL: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar as palavras);

LINGUAGEM NÃO-VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não verbais da comunicação. 

Eis o Vídeo 02! Excelente produção! Vale a pena, pessoal!

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